FONTE DE CORRENTE
Uma fonte de corrente contínua
é um dispositivo elétrico ou eletrônico que mantém uma corrente elétrica
constante entre seus terminais independente da tensão elétrica que tenha que
impor entre os mesmos para estabelecer o valor nominal de sua corrente. Nestes
termos uma fonte de corrente é um dispositivo utópico visto que não há fontes
de corrente ou tensões capazes de manter suas correntes ou tensões nominais de
forma independente dos dispositivos a elas conectados.
O conceito é extensível à corrente
alternada, caso no qual leva-se em conta os valores eficazes e não os
instantâneos das grandezas envolvidas bem como a impedância interna e não
apenas a resistência interna da fonte de corrente.
O símbolo de uma fonte de
corrente ideal é formado por uma seta no interior de um círculo, e dois terminais
para conexão. Quando trata-se de uma fonte de corrente alternada, há o
acréscimo do símbolo "~" no diagrama, padrão para o caso.
Uma fonte de corrente real é
geralmente representada pelo símbolo de uma fonte de corrente ideal em paralelo
com a resistência interna desta fonte. O "resistor interno" está
sempre presente nas representações tanto de fontes de tensão como de fontes de
corrente reais. Nas fontes de tensão, aparecem em série com a fonte de tensão
ideal - esta representada por um traço maior (o polo positivo) desenhado de
forma paralela a um traço menor (polo negativo).
A "cargas" ou
"cargas", ou seja, os demais dispositivos a serem alimentados pela
fonte - não confundir com carga elétrica - são conectados em paralelo com a
fonte ideal de corrente e seu resistor interno, e em série com a fonte ideal de
tensão e seu resistor interno.
A tensão máxima disponível nos
terminais de saída desta fonte real é justamente a corrente nominal da fonte
ideal multiplicada pelo valor da resistência interna. Tal tensão corresponde à
tensão presente entre os terminais da fonte real quando não há dispositivos
conectados aos seus terminais externos, sendo esta tensão então designada por
tensão em circuito aberto.
A máxima corrente disponível nos
terminais externos da fonte real é equivalente à corrente nominal da fonte
ideal, sendo obtida quando há um curto-circuito nos terminais externos, não
havendo pois corrente em seu resistor interno. Trata-se da máxima corrente que
a fonte é capaz de fornecer, sendo esta designada por corrente de
curto-circuito.
A máxima potência que uma fonte
de corrente real é capaz de fornecer a um dispositivo externo ocorre quando a
resistência equivalente desse dispositivo iguala-se à resistência interna da
fonte. Nesse caso o produto da tensão pela corrente sobre o dispositivo externo
é máximo, e a fonte dissipa internamente potência equivalente à que entrega ao
dispositivo. Quando, além de dispositivos resistivos há também dispositivos
reativos no circuito, geralmente o caso em se tratando de corrente alternada, o
teorema da máxima transferência de potência prevê que a impedância elétrica do
circuito conectado à fonte deve igualar-se ao conjugado da impedância interna
da fonte.
Uma fonte de tensão ideal com
tensão nominal equivalente à tensão de circuito aberto medida para uma fonte de
corrente, quando em série com um resistor equivalente de mesmo valor do que o
encontrado nesta última, é para todos os efeitos equivalente à fonte de
corrente real em consideração. Uma fonte de tensão ideal em série com o seu
resistor interno pode para todos os efeitos ser também representada por uma
fonte de corrente ideal em paralelo com uma resistência interna de igual, sendo
a corrente nominal desta fonte de corrente neste caso igual ao valor da
corrente de curto-circuito fornecida pela fonte de tensão real.
A fonte de corrente ideal
comporta-se para efeitos práticos como uma fonte de corrente ideal quando as
cargas a ela conectadas não representam um resistor equivalente com valor menor
do que 10 vezes o valor da resistência interna da fonte (regra dos 10%).
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